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Conectividade Escolar

E ai pessoal, tudo bem?! Eu sou Kaique e nesse vídeo falarei da conectividade escolar e a vivência acadêmica, ou seja, vou falar dos meus tempos de escola.

Eu iniciei o meu ciclo na pré-escola, e costumo dizer que essa primeira fase, me ajudou a entender como funciona a inclusão escolar e também a social, pois por mais que eu tivesse diferenças físicas perante aos meus colegas, eu fazia absolutamente tudo que eles faziam, então só para vocês terem ideia, eu cheguei a fazer taekwondo.

Após isso, fui cursar o ensino fundamental em outra escola, onde estudei por sete anos, que foram bons e ruins. Eu digo isso pois, da primeira a quinta série foi maravilhoso, porem, da quinta a sétima série foi um terror. Porque da primeira a quinta série eu tinha um melhor amigo que sempre estava comigo, até que, na quinta série, entrou outro aluno na sala, que jogava bola, andava de skate e etc… Por consequência meu amigo começou a andar com esse novo aluno pois ele também gostava de esportes, com isso, eu fui ´´substituído´´ por esse novo aluno e os dois começaram a praticar bullying comigo zoando muito a minha deficiência. Nesse momento ir para escola foi bem complicado e eu até pensei em parar de estudar ou contar para minha mãe que eu estava sofrendo bullying, mas eu continuei indo à escola, porque sabia que aquilo era uma fase e que mais cedo ou mais tarde iria passar. E obviamente que isso aconteceu, então cheguei a sétima série e a escola fechou, portanto tive que mudar de escola e enfim essa fase ruim, graças a Deus ficou para trás.

E o início nessa nova instituição foi super tranquilo, até porque, essa era uma escola Cristã, então os alunos não tinham muito preconceito. Porém eu pensei que seria difícil para fazer amizade, porque entrei oitava série, então a turma já estava composta, e muitos alunos se conheciam desde a primeira série. Mas para minha surpresa, foi fácil fazer amizades, até porque, esse meu jeitão meio expansivo, extrovertido, por vezes até meio louco, ajuda bastante nesse quesito, pois as pessoas que gostam se aproximam rapidamente e as que não gostam já se afastam.
Sendo assim, fiquei nessa turma até o primeiro ano, onde infelizmente, tive que me separar, porque fui reprovado. Mas costumo dizer, que ser reprovado foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida, porque entrei em uma turma nova, onde eu fiz amigos de verdade e que tenho até hoje.

E aqui, eu poderia detalhar mais o meu período no ensino médio, mas eu não vou fazer isso porque eu aprontava muito nessa época, portanto, se eu for contar algumas histórias o vídeo/texto ficaria muito longo. Contudo só para você ter ideia, o pessoal falava que minha mãe era uma das melhores amigas da diretora, porque ela tinha que ir à escola com uma boa frequência, para: retirar o meu celular (pois a professora tinha retido), ouvir reclamação, reunião dos pais, e assinar termo de ciência que eu poderia repetir. Mas isso posto, eu digo que o ensino médio foi a melhor fase da minha vida.

E agora que você já sabe um pouco da minha vivência acadêmica, vou te dar um conselho que, a princípio você pode ouvir/ler e ´´estranhar´´ mas calma, ouça/leia e reflita, pois acredito que no fundo você vai concordar comigo.
É o seguinte: tente não falar para o seu filho(a) que o mundo tem que aceitar ou entender a deficiência dele, até porque, infelizmente, o mundo é cruel, e as pessoas em sua maioria, não tem grande empatia, com isso, eu penso que, nós pessoas com deficiência, temos que, primeiramente: nos aceitar e, em seguida: entender que temos limitações físicas ou diferenças físicas e mentais. E a partir disso, nós temos que procurar uma maneira de tornar essas diferenças ou essas limitações, irrelevantes, para que assim, as outras pessoas não nos enxergam como PCD e nos enxerguem e tratem como pessoas normais.
E olha, se você quiser, eu posso fazer mais dois vídeos: especificando mais esse assunto, e passando algumas dicas práticas de inclusão natural, que é a inclusão que eu acredito. Porque hoje em dia, eu vejo muitas pessoas falarem de inclusão, mas na minha concepção é uma inclusão forçada, e que infelizmente, no final não gera um resultado tão expressivo.

Contudo, o conteúdo do vídeo/texto foi esse, espero que você tenha curtido!

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